sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Jardim Interior de Mario Quintana (1906-1994)

Todos os jardins deviam ser fechados,

com altos muros de um cinza muito pálido,

onde uma fonte

pudesse cantar

sozinha

entre o vermelho dos cravos.

O que mata um jardim não é mesmo

alguma ausência

nem o abandono...

O que mata um jardim é esse olhar vazio

de quem por eles passa indiferente.

Um comentário:

fernandofarah.blogspot.com disse...

Singelo poema do placido Quintana. O topo de suas diabruras. Uma alianca com o nada.