quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Fayga Ostrower

Maternidade



"Introduzo Fayga Ostrower (1920-2001) através de um trecho do poema que Carlos Drummond de Andrade (2002, p. 767) escreveu sobre essa notável mulher.

Fayga Ostrower
Fayga é um fazer,
filtrar e descobrir
as relações da vista e do visto
dando estatuto à paisagem
no espaço: viver
é ver sempre de novo
a cada forma
a cada cor
a cada dia
o dia em flor no dia.

Artista plástica, sensível pensadora, transmitiu através de suas obras escritas e plásticas o valor do nosso potencial criador. Sua contribuição para a educação foi inestimável, apontando para as imensas possibilidades do ser criativo.

“A percepção de si mesmo dentro do agir é um aspecto relevante que distingue a criatividade humana.” (Ostrower, 1987, p.10)

(...)

A autora revela o potencial criador como algo que pertence a todos os seres humanos. Destaco sua definição de criar, assim como os vários aspectos relacionados ao ato de criação: seu significado, a intuição, a sensibilidade.

“Criar é, basicamente, formar. É poder dar forma a algo novo. [...] O ato criador abrange, portanto, a capacidade de compreender; e esta, por sua vez, a de relacionar, ordenar, configurar, significar” (Ostrower,1987,p.9)

O processo de criação se dá no campo da intuição. Toda a experiência humana, inclusive a racional, está ligada à intuição. A criação está intimamente vinculada à sensibilidade.

"Inata ou até mesmo inerente à constituição do homem, a sensibilidade não é peculiar somente a artistas ou alguns privilegiados. Em si, ela é patrimônio de todos os seres humanos. Ainda que em diferentes graus ou talvez em áreas sensíveis diferentes, todo ser humano que nasce, nasce com um potencial de sensibilidade”.(Ostrower,1987, p.12)

Trecho monografia Criatividade, meditação e psicoterapia. L.B.Dau PUC-Rio 2004

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