quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Emygdio de Barros

Emygdio de Barros

"Natural do Estado do Rio de Janeiro, Emygdio foi uma criança triste e tímida, revelando desde a infância habilidade manual fora do comum. Na escola primária e no curso secundário foi sempre o primeiro da classe. Fez o curso técnico de torneiro mecânico e ingressou no Arsenal de Marinha. Destacando-se pela qualidade do seu trabalho, foi designado para fazer um curso de aperfeiçoamento na França, onde permaneceu durante dois anos. Logo após a sua volta ao Brasil (1924) manifestaram-se alterações no seu comportamento: deixou de freqüentar o emprego, passando a andar pelas ruas, sem destino, até tarde da noite, ou a entrar nas igrejas, onde ficava horas inteiras de pé, imóvel, olhos fixos. Foi então internado no velho hospital da Praia Vermelha.
Em 1947, já no Hospital de Engenho de Dentro onde realizava trabalhos subalternos (carregar roupas sujas da enfermaria para lavanderia, por exemplo), após 23 anos de internação Emygdio começou a freqüentar o ateliê da Seção de Terapêutica Ocupacional.
Apesar dos longos anos de internação em condições adversas e sem nunca haver pintado antes, seu trabalho atinge desde o início alto nível artístico, revelando talento incomum.
Suas obras, desmentindo os preconceitos dominantes na psiquiatria, foram desde logo aceitas no mundo da arte. Mário Pedrosa, Almir Mavignier, Abraham Palatnik entre outros, visitavam-no freqüentemente. Mesmo quando saiu do hospital (1950) para residir com parentes em Teresópolis (RJ), continuaram a levar-lhe estímulo e material de pintura.
Em 1965 foi reinternado. Depois, vai para uma clínica geriátrica, mas volta a freqüentar regularmente o Museu de Imagens do Inconsciente, onde pinta até o seu falecimento (92 anos, 1987). Deixou no acervo do Museu um legado de cerca de 3.300 obras. " Texto e imagem do site.
Vale a pena fazer uma visita na página do Museu do Inconsciente.

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